poesia, Carlos Lopes Pires

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

 

não esperarei por ti

 

não há comboios

para a tua inexistência

 

nada nos conduz

à tua porta

 

não estás em algum

outro lugar do mundo

e nós dizermos

ah estás aqui

 

repito

damos as mãos

e passeamos as sombras