que tu me ouças
e não leves mais ninguém
do meu quintal
que fales
na minha boca os seus nomese assim os protejas da dor
e ausência
que nas suas mãos e coração
apenas tomilho e açafrão
e não deixes
mais lugares vaziosnão posso pedir-te que venhas comigo. nem posso pedir-te que vejas o mesmo que eu vejo. cada qual transporta a si mesmo. também não posso pedir-te que saibas do que eu sei e que todos os dias me acontece desde há muito. repara: estou cego e um cego não pode pedir aos outros que vejam o que ele mesmo não sabe que vê.