passado em tua casa
como posso
ser tão
mal-agradecido
as coisas
que me trazes
das tuas
noites de abundância
que são
tantas
a
encher-me o coração
que nada
me falta
mesmo se
não estás
como posso
ser
tão cegonão posso pedir-te que venhas comigo. nem posso pedir-te que vejas o mesmo que eu vejo. cada qual transporta a si mesmo. também não posso pedir-te que saibas do que eu sei e que todos os dias me acontece desde há muito. repara: estou cego e um cego não pode pedir aos outros que vejam o que ele mesmo não sabe que vê.