não posso pedir-te que venhas comigo. nem posso pedir-te que vejas o mesmo que eu vejo. cada qual transporta a si mesmo. também não posso pedir-te que saibas do que eu sei e que todos os dias me acontece desde há muito. repara: estou cego e um cego não pode pedir aos outros que vejam o que ele mesmo não sabe que vê.
poesia, Carlos Lopes Pires
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
apanhar ar
mexer na terra receber a luz
mover as sombras
ou segui-las
e depois ir
como se fosse vento e lá fora chuva (para a-porfírio)
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Eliminarainda bem que há pessoas que ainda se molham com a chuva e, pior que isso, que se sentam com ela.
ResponderEliminarainda bem que os telhados
ResponderEliminarnão protegem de toda a chuva
pingos passam por mim
com um sorriso
Estão velhas
estas telhas
gosto delas assim
fazem-me recordar
um certo tempo
(a pensar na Lurdes, na Sinó, no Vitor: a treparmos o tempo de dois em dois degraus...)