não posso pedir-te que venhas comigo. nem posso pedir-te que vejas o mesmo que eu vejo. cada qual transporta a si mesmo. também não posso pedir-te que saibas do que eu sei e que todos os dias me acontece desde há muito. repara: estou cego e um cego não pode pedir aos outros que vejam o que ele mesmo não sabe que vê.
poesia, Carlos Lopes Pires
sexta-feira, 10 de maio de 2019
luca pensou
que Deus fosse um
brinquedo
e
guardou-o entre as mãos
como um
segredo que ninguém mais via
e ninguém
podia ver
aquela
espécie de magia que se movia
entre os dedos
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