poesia, Carlos Lopes Pires

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

sentei-me

e abri as mãos

para que viesses

 

e tu vieste

 

tu vens sempre

com o sol

ou através da chuva

 

depois fechei

os olhos

 

e fechei-os tanto

para que não te fosses

 

que desde há muito

já não te vais

 

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