não posso pedir-te que venhas comigo. nem posso pedir-te que vejas o mesmo que eu vejo. cada qual transporta a si mesmo. também não posso pedir-te que saibas do que eu sei e que todos os dias me acontece desde há muito. repara: estou cego e um cego não pode pedir aos outros que vejam o que ele mesmo não sabe que vê.
poesia, Carlos Lopes Pires
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
não há números para ti
não há palavras
que possam encher o livro da tua ausência
como se tudo fosse
agora um longo e austero inverno preparo-me para viver sem ti
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