ontem explicaram-me
que nenhum poeta da
literatura
escreve poemas de amor por
gatos
os poetas importantes
escrevem poemas sobre coisas
importantes
é da sua natureza
e a minha é sentir a tua
falta
e vou ao quintal
e semeio flores onde estás
e faço redondos muito azuis
mesmo que chova dentro
e rezo junto ao limoeiro
e da erva de s. roberto
e peço a Deus
que te guarde num sítio bom
Na quinta feira passada (pp) fiz precisamente isto: tenho uma zona demarcada no meu quintal/jardim, virada a SE, que decidimos, cá em casa, passar a ser o recanto de flores da época. Nele temos feito sementeiras sazonais; a maior parte é comida pelos pardais do telhado e pelos melros. Pois, precisamente, ao pé duma hortênsia de flor azul, ao lado uma yuca com muitos anos, jaz um dos nossos gatos que já não são: marquei/protegi o sítio com uma laje de pedra da serra. Abraço, poeta.
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