poesia, Carlos Lopes Pires

quinta-feira, 4 de julho de 2019

                       para manuel frias martins

era um poema

e havia tanto dentro dele
que não havia muros
no quintal

era mesmo um mistério

e quando ele abria
as mãos
não eram rosas
nem água
o que lá havia

era outro o nome
era outra a palavra
que lá vinha

e por isso sentava-se
à sua espera

e nunca morria
       
                         (in onde crescem as maçãs, 2020)

Sem comentários:

Enviar um comentário