não posso pedir-te que venhas comigo. nem posso pedir-te que vejas o mesmo que eu vejo. cada qual transporta a si mesmo. também não posso pedir-te que saibas do que eu sei e que todos os dias me acontece desde há muito. repara: estou cego e um cego não pode pedir aos outros que vejam o que ele mesmo não sabe que vê.
poesia, Carlos Lopes Pires
segunda-feira, 20 de abril de 2020
o meu
coração seja por
ti pesado
e seja
o vulto de
uma rosa ou a pena
de um pássaro por ti
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