poesia, Carlos Lopes Pires

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

se quiseres dar-me

da tua água

 

dessa ausência onde

nada falta

 

desse tão silêncio grande

que abunda no coração

das aves

 

e que depois cantes

 

que cantes ainda

em silêncio

 

que cantes

no meu coração

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