poesia, Carlos Lopes Pires

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019


não sei esquecer-te

constato-o em cada dia
quando digo os nomes
do livro das minhas faltas

uma longa e funda ferida
de onde vejo o mar
numa paisagem repetida
e sem barcos

agora é uma viagem
num caminho onde já não estás
um verbo para uma palavra
tão inútil

não obstante o coração dizer-me
uma e outra vez

que nunca de lá saíste

                   (para Ana e Fulvio)

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