não sei esquecer-te
constato-o em cada dia
quando digo os nomesdo livro das minhas faltas
uma longa e funda ferida
de onde vejo o marnuma paisagem repetida
e sem barcos
agora é uma viagem
num caminho onde já não estásum verbo para uma palavra
tão inútil
não obstante o coração dizer-me
uma e outra vez
que nunca de lá saíste
(para Ana e Fulvio)
(para Ana e Fulvio)
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