último poema
a meio da tarde
numa cidade
um homem parou
entre as coisas que trazia
esvaziou-se de tudo
ignorou as janelas
o vento a chuva
ajoelhou-se
contra o tempo
as paredes e os carros
e erguendo as suas mãos
o mais que pôde
(In a minha poesia é uma ignorância, 2017)
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