não te conheço
embora há séculos
ouça falar de ti
às vezes
pouso as mãos na areiae é como se te falasse
e faço desenhos nas casas
para que possas caminhar lá dentro
ou então sigo as aves
imaginando que vou ver-te
mas nenhuma gaivota
pode encontrar-te
é um total e deserto
este abandono
há séculos aqui sentado
e é já quase
como se fosses tu
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