poesia, Carlos Lopes Pires

segunda-feira, 17 de junho de 2019

ele não sabia
o que fazer com os poemas

alguns viviam nas mãos
como se fossem aves
mas eram também retratos

outros desprendiam-se
do coração
e tinham vida própria
nas coisas que tocavam

havia até poemas
que traziam palavras
tão pequenas e simples

que eram só de rezar

                    (in onde crescem as maçãs, 2020)

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