poesia, Carlos Lopes Pires

terça-feira, 2 de abril de 2024

ó Deus

que vives sem lugar

 

e que nem

o nome te pertence

 

e aquele que traz

uma flor para dar-te

 

para dar-te

como se em ti

houvesse mãos

 

e se houvesse

seria um coração

igualzinho ao nosso

 

este que deveria

servir-nos para amar

 

não a ti

mas aos outros todos

 

e que afinal

e depois

 

só nos serve

para morrer

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