A insónia do poeta
É quase inverno na Bretanha.
As florestas enchem-se de sombras
e pássaros. Alimentam-se os peixes
no coração das rias. O vento percorre
o espírito das árvores,
ensufla as velas dos barcos ao largo.
A gata respira o silêncio
onde se escondem os ratos do campo.
A noite cai sobre Kerlaz.
Tudo sossega, tudo dorme.
Só o poeta persiste
na sua insónia do mundo.
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