Essa flor tantas vezes nomeada em vão,
casa, esquina, portal e rua,
segredo escondido nos teus olhos
tão de ervas e brancura,
aí, onde nada fecha nem cerca
o coração,
o coração deste homem,
o teu, o dele,
sem nada mais que seu,
pequeno, mortal,juntando ossos, galhos,
água e barro modelando o verme,
o insecto, o voo
desta criatura cega e muda
na procura da verdade aberta a
todos os caminhos,
a verdade ignorada que
as suas mãos buscam
nessa flor tantas vezes nomeada
(In Em cada um, 2001)
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